Resumo:
Em decorrência da importância do conhecimento científico da contabilidade amplia-se a importância da hermenêutica e da epistemologia para o entendimento das questões contábeis e consequentemente para uma melhor formação dos contadores.
Este artigo tem como objetivo expor uma reflexão sobre a relação da filosofia com a ciência da contabilidade. E busca na aplicação da hermenêutica e da epistemologia uma avaliação desta relação de integração, que procura um modelo de referente para que as pesquisas que envolvam a contabilidade e a filosofia, possam, pari passu, avançar em um conhecimento científico puro, essência, livre da política contábil.
Uma vez que a complexidade gerada pela tentativa de unificação dos padrões de contabilidade ultrapassou o folclore sobre a qual a concepção de uma forma única de registro contábil estava assentada é necessário “dizer um pouco sobre o conhecimento da ciência da contabilidade”. Neste momento de globalização, faz se necessária uma visão filosófica mais adequada à formação de um referente. Uma vez que o ponto de partida inquestionável deixam de ser apenas as IFRS, e os interesses dos capitalistas, assume também, a ciência da contabilidade a forma de um conhecimento autônomo e liberto de impurezas profanas e difusas. Surgindo as “estruturas de uma fundamentação teórica”, avulta o papel da doutrina e do pesquisador contábil independente.
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